sábado, 7 de fevereiro de 2009

O outro lado da China

Com as Olimpíadas de Pequim o mundo inteiro virou chinês. Aliás, já viu algo mais chinês do que os camelódromos de todo o Brasil? E quem é que não gosta de um bom yakisoba do China in Box? A imagem que o ocidente tem da China é sempre mítica, como se a mesma fosse um paraíso do outro lado do mundo. Um país com uma gatronomia rica e uma cultura vasta. A terra do Dragão Chinês, da arquitetura sofisticada e das ruas cheias de bicicletas com pessoas sorridentes. Poucos conhecem o outro lado.

Quando criança ouvia falar sobre a carne de cachorro ser consumida nesse país. De certa forma essa história me parecia mais uma lenda ou algo bastante distante. Não estranhei, afinal nós comemos carne bovina. Achei apenas curioso o fato de se tratar de cães. Recentemente encontrei fotos na internet que me chocaram. Eles não apenas consomem a carne, mas os animais são brutalmente mortos e vivem em condições deploráveis. Além da carne a China é o maior fornecedor de peles de cães e gatos. Uma história que para nós existia apenas no filme 101 Dálmatas na verdade é real.

Durante as Olimpíadas de Pequim os restaurantes tiraram a carne de cachorro do cardápio, provavelmente com a finalidade de não chocarem os turistas. Outras brutalidades acontecem naquele solo. Em 2006 três pessoas morreram graças à raiva e por isso mais de 50.000 animais foram mortos na frente de suas famílias das formas mais brutais (ou a pauladas, ou eletrocutados, ou envenenados). Depois disso cerca de 4.000 animais foram sacrificados mesmo já tendo tomado as vacinas.

Com a sua política de restrição à natalidade em vigor desde 1979, a China é campeã em infanticídio. Com o limite de dois filhos por casal várias crianças são abandonadas nas ruas ou mortas pelos próprios pais (no ventre da mãe ou não). Os que decidem ter a criança são severamente perseguidos. Há relatos de mães que foram obrigadas a abortarem, e até mesmo mortas. Há aqueles que tentam criar o filho às escuras, porém seus familiares são constantemente ameaçados até o dia em que ao chegar em casa a mesma está em chamas. A criança que nasce sob essas condições não possui direito à escola e saúde. Já nasceram clandestinos em seu próprio país.

Se são cruéis até com a sua própria espécie o que dirá com os animais?
O que nós podemos fazer? Primeiramente boicotar. Não comprar produtos chineses e nem ir à China dar uma de turista. Parece pouca coisa? Pode até ser, mas não quero o meu dinheiro financiando um país tão cruel.

A China é apenas um exemplo. A Coréia, a Tailândia e o Vietña também são bárbaros.
Dificilmente eu julgo uma cultura ou um povo pelas suas práticas, mas para tudo há limites.
Não colocarei as imagens de conteúdo fortíssimo. Me soa como sensacionalismo, mas quem quiser se informar pode visitar o seguinte endereço.

http://www.geocities.com/Petsburgh/Zoo/4080/

Não sejamos cúmplices disso.

Um comentário:

  1. gostei do texto sobre a china, verossimil, forte, levemente contido para nao se tornar um apelo sensacionalista, parabens

    ResponderExcluir